O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

domingo, 26 de agosto de 2012

Prédicas e alocuções - Dietrich Bonhoeffer (leitura recomendada)

O autor se destacou como pregador nas comunidades pelas quais passou, no seminário que dirigiu e nas oportunidades que lhe apareceram na vida. Muitas prédicas não perdem valor e atualidade com o passar dos anos. Assim como encontraram ouvidos atentos  em seu tempo, ainda hoje elas despertam a reflexão em torno de conteúdos da fé cristã. Nelas está impressa a certeza de que o Evangelho de Jesus Cristo é a palavra para todos os tempos. É nesse marco que se situa o pastor, teólogo luterano e mártir do nacional-socialismo na Alemanha da Segunda Guerra Mundial, Dietrich Bonhoeffer, cujos escritos estão publicados em diversas línguas e são lidos e estudados também fora dos muros eclesiais.

Sinopse extraída do site da Editora Sinodal.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O coração, essa máquina tão poderosa quanto enganosa...

O ser humano traz no interior de seu peito uma máquina poderosíssima, pela biologia denominada "coração". Possui cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura e 6 cm de espessura, pesando aproximadamente 250 gr, medidas e peso estimado para o coração de uma pessoa adulta.
Essa pequena máquina possui três camadas: o endocárdio (seu revestimento interno), o miocárdio (porção muscular de sua parede) e o pericárdio (revestimento externo derivado das cavidades do celoma). O compartimento cardíaco de parede mais espessa e vigorosa é o ventrículo esquerdo, responsável pelo bombeamento do sangue através de toda a grande circulação.
Existem válvulas entre os compartimentos cardíacos, dentre eles os grandes vasos que a elas se ligam. Entre o átrio e o ventrículo direitos, se encontra a válvula tricúspide, a qual possui três folhetos membranosos. Quando da contração do átrio, ela se abre e permite que o sangue passe. Quando o ventrículo se contrai, ela se fecha e impede o refluxo de sangue para o interior do átrio.
Entre o átrio e o ventrículo esquerdos, situa-se a válvula mitral (ou bicúspide), com dois folhetos membranosos. Seu comportamento é similar ao da válvula tricúspide.
A contração do coração se chama sístole, e corresponde à fase de ejeção ou esvaziamento. O movimento  de relaxamento e enchimento de suas câmaras chama-se diástole.
Mecanismos extremamente precisos ajustam a frequência dos batimentos cardíacos, garantindo a chegada de oxigênio e nutrientes na medida necessária para todas as partes do corpo.
O coração de um adulto bate cerca de 72 vezes por minuto e bombeia cerca de 7200 litros de sangue por dia. É uma bomba tão potente que é capaz de jogar o sangue a uma distância de 120 metros (!). 
Sim, mas enquanto como órgão humano é poderoso, como sede dos sentimentos, isto é, figuradamente, é enganoso ao extremo. Não por acaso, a Palavra nos afirma que "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17.9). Nos informa ainda que "(...) do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias" (Mateus 15.19), além de centenas de outras referências bíblicas que podem ratificar essa verdade.
Mas o mais interessante é que, apesar de saber que ele é enganoso, muita gente se deixa levar por ele. Toma decisões segundo os seus próprios sentimentos (i.e., segundo o próprio coração) e tenta justificar com a assertiva de que "Deus falou comigo". Dessa maneira se colocam como Deus, afinal essa esfarrapada desculpa de que "Deus mandou" nada mais é que uma forma de tentar se justificar, quando se segue seus próprios desejos, sua própria vontade, seus próprios intentos.
Prezado, deixe de querer seguir o seu coração. Ele é enganoso. Tome decisões pautadas nos ditames da Palavra, que é bem melhor.
Deus abençoe sua vida.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian  

sábado, 18 de agosto de 2012

A família na época pós-moderna

Hernandes Dias Lopes
A pós-modernidade está firmada sobre o tripé: pluralização, privatização e secularização. A pluralização diz que há muitas ideias, muitos valores, muitas crenças. Não existe uma verdade absoluta, tudo é relativo. A privatização diz que nossas escolhas são soberanas e cada um tem sua própria verdade. A secularização, por sua vez, coloca Deus na lateral da vida e o reduz apenas aos recintos sagrados. A família está nesse fogo cruzado. Caminha nessa estrada juncada de perigos, ouvindo muitas vozes, tendo à sua frente muitas bifurcações morais. Que atitude tomar? Que escolhas fazer para não perder sua identidade? Quero sugerir algumas decisões:

Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.

Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos saudáveis.

Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.

Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.

Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade!


Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Vencendo as aflições da vida - Alexandre Coelho e Silas Daniel (leitura recomendada)

A vida sempre foi cheia de desafios. Alguns deles são ultrapassados com facilidade, mas outros, apenas com a ajuda de Deus e do companheirismo cristão, por meio de assistência e aconselhamento.
Como deve um crente portar-se diante da violência social que cerca nossa nação e o mundo?
Com que perspectiva a igreja deve encarar a morte e ausência de recursos mínimos dentro dos lares de seus membros? Como reagir quando um filho, criado na igreja, torna-se rebelde e despreza até mesmo a Palavra de Deus?
É possível passar por desafios e, acima de tudo, honrar a Deus tendo uma perspectiva acertada e bíblica diante de todas as circunstâncias descritas acima. Descubra como, lendo este livro.

Sinopse extraída do site da CPAD.

Soli Deo Gloria 
Alessandro Cristian

sábado, 4 de agosto de 2012

O inferno é aqui...

Calma, calma... Com a afirmação acima não estou defendendo o universalismo tampouco o aniquilacionismo, ensinos errôneos que tem sido propagados por alguns grupos ao longo da história do cristianismo e que ganharam certa ênfase nos últimos anos com o teísmo aberto (Os primeiros afirmam que a salvação é universal, isto é, no final todos serão salvos pela misericórdia de Deus. Já os segundos creem que aqueles que não alcançarem a salvação serão julgados, condenados, e por fim aniquilados. Isto é, tornados em nada, deixarão de existir).
Tampouco estou negando o ensino claro das Escrituras acerca da condenação eterna daqueles que viveram impiamente, apartados do Criador. Aliás, Jesus nos deu mais detalhes acerca do inferno que do céu, certamente para alertar-nos quanto ao sofrimento ali existente, do qual devemos escapar. Não estou indo contra as palavras do Mestre, segundo o qual o inferno é lugar de choro e ranger de dentes (Mateus 8.12; 13.42,50; 22.13; 24.51; 25.30). Por meio da Palavra, observamos também que o inferno é lugar de fogo e escuridão ( Judas 7, 13), de destruição (I aos Tessalonicenses 5.3; II aos Tessalonicenses 1.7-9; 2 Pedro 3.7).
Mas o que quero transmitir então com a assertiva de que "o inferno é aqui"? 
Resposta: Que o homem, através de um modus vivendi inconsequente, acaba por tornar sua vida um verdadeiro inferno existencial.
A seguir apresento algumas condutas do ser humano cujas consequências contribuem para tal:
  • Demonstrar indiferença ante o sofrimento alheio;
  • Não conseguir perdoar;
  • Não saber amar;
  • Pensar que pessoas são coisas, manipuláveis;
  • Pautar os atos cotidianos na mentira e no engano;
  • Viver alimentando o ódio;
  • Se encolerizar ante a felicidade alheia;
  • Permitir que o coração se torne num emaranhado de raízes de amargura;
    Etc, etc, etc...
De fato, a simples menção dos itens acima já nos dá uma amostra do sofrimento em que muitos vivem, simplesmente por optarem cerrar seu coração para o amor e o perdão... Um verdadeiro inferno existencial.
Mas por maior que seja o sofrimento do indivíduo nessa vida, não é nada se comparado ao sofrimento eterno, naquele lugar "onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga" (Marcos 9.48).
Mas o que é pior: aqueles que padecem aqui como se estivessem no inferno por adotarem as posturas acima elencadas, são sérios candidatos a irem parar no inferno definitivo... 
Que Deus tenha misericórdia de nós.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian