O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O quebra-cabeça existencial

Veja que interessante: no final de sua vida, o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) chegou à conclusão de que o problema de cerca de um terço de seus pacientes não era diagnosticado clinicamente como neurose; antes, consistia no resultado de um vazio existencial, fruto da falta de sentido de suas vidas.
Na realidade, assim é a existência humana: há um grande vazio a ser preenchido. Tal qual um imenso quebra-cabeças, vamos montando a vida peça a peça, passo a passo.
Mormente iniciamos pelos cantos, o que equivale à nossa primeira infância, quando começamos a emoldurar as peças da vida tateando as paredes, ou nos equilibrando naqueles que para nós são como muralhas inabaláveis e em quem depositamos nossa confiança.
Na adolescência começamos a dar passos por conta própria e, por vezes, nos arriscamos ao caminharmos distante da zona de conforto encontrada naqueles em quem outrora nos apoiávamos.
Com o passar do tempo, vamos preenchendo os espaços do quebra-cabeça com relacionamentos diversos, com variadas tarefas, com atividades incontáveis e, em muitos casos, descartáveis. Nem sempre acertamos qual o "tijolinho" a ser colocado naquele vácuo, mas aos poucos vamos consertando. E acertando.
No entanto, persiste a sensação de incompletude. Ou melhor, o sentimento de que ainda falta uma peça para o completo e correto preenchimento do tabuleiro. Experimentamos as peças, tentando encher espaços, completar os vãos. Em vão. Se vão os dias, e lá permanece uma lacuna.
Buscamos desesperadamente compor o desenho de nossa existência, mas percebemos que ainda falta algo.
A procura por essa peça-chave, fundamental para que se complete o quadro da vida, só finda quando encontramos não a peça, mas Deus, que preenche a imensurável lacuna que faltava. E só o encontramos quando o buscamos de todo o coração (Jeremias 29.13).  
Como acertadamente afirmou Dostoiévski, "o homem possui dentro de si um vazio do tamanho de Deus". Já Santo Agostinho orava: "Oh, Deus! Inquieto bate o meu coração até que possa descansar em Ti". Ou seja, quando do encontro com o Senhor, a busca desesperada da alma se finda.
Se o seu quebra-cabeça, sua vida, sua existência, seu dia-a-dia está incompleto, com um infinito vazio, saiba que somente o Infinito pode preenchê-lo. Busque a Deus. Ele irá completá-lo. Achá-lo-á e por Ele será achado.
Deus abençoe sua vida.
Alessandro Cristian

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Leitura recomendada: "Efésios - O Deus Bendito" (Hermisten Maia)

Dr. Hermisten consegue ser ao mesmo tempo um sistemático e um exegeta. Aqui, ele pesquisa no original o sentido da mensagem de Paulo no primeiro capítulo da carta aos Efésios e traduz esta mensagem para nossos dias, organizando-a e apresentando-a de maneira sistemática, relacionando-a com outras passagens das Escrituras e outras doutrinas afins.
O título O Deus Bendito, tirado de Efésios 1.3, reflete bem o assunto principal, que é a doutrina da eleição e predestinação dos crentes. Poucas doutrinas têm sido tão atacadas e mal compreendidas no cenário evangélico brasileiro como estas. Em parte por preconceito e na maior parte por ignorância, evangélicos a acusam de ser uma doutrina do diabo e a responsável pela passividade missionária e evangelística das igrejas reformadas que as adotam. Nada mais longe da verdade. Aqui nesta obra, Dr. Hermisten examina com rigor exegético a evidência bíblica apresentada por Paulo no primeiro capítulo de Efésios, demonstrando que a predestinação é de fato uma doutrina bíblica, embora não consigamos entender plenamente todos os seus detalhes. Além disto, com citações abundantes dos grandes teólogos reformados da Igreja Cristã, e de Calvino em particular, ele nos mostra as consequências teológicas e práticas desta doutrina ensinada em praticamente toda a Escritura, relacionando-a com outras áreas da enciclopédia teológica.

Por fim, trata-se de uma obra escrita a partir dos referenciais reformados, por um autor que reconhece a Bíblia como a infalível e inerrante Palavra de Deus, que deseja honrá-la e submeter-se a ela antes que à sua própria opinião e à de outros homens.


Rev. Augustus Nicodemus Lopes, do Prefácio


Sinopse extraída do site da Editora Cultura Cristã.
 
Soli Deo Gloria 
Alessandro Cristian