O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

terça-feira, 22 de março de 2011

"Raiva: seu bem, seu mal" - Esther Carrenho (leitura recomendada)

  • Qual a importância que você dá às suas emoções?
  • Você sabe reconhecer e expressar seus sentimentos?
  • Como você lida com a raiva?
  • É possível classificar os sentimentos em bons ou ruins?
Neste livro esclarecedor e instigante, Esther Carrenho convida os leitores a identificar vários sentimentos e fazer deles grandes aliados em prol de seu potencial criativo.
Focalizando especificamente a raiva, a autora se vale de sua experiência para autenticar conceitos fundamentais à saúde emocional. Você poderá encontrar respostas para seus questionamentos ao se identificar com outras pessoas que também buscam reconhecer e administrar seus sentimentos de raiva, em lugar de bloqueá-los e reprimi-los.
Com linguagem simples e acessível, este livro será muito útil a todos que desejam equilibrar emoção e razão de forma construtiva, produzindo bem-estar tanto para si mesmos como para os que estão próximos. Viva melhor!

Sinopse extraída do site da Editora Vida.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

sábado, 12 de março de 2011

Os terremotos no Japão e os teólogos de plantão

Basta acontecer uma tragédia natural no mundo e logo há reboliço nos círculos teológicos. Nos últimos anos, percebemos tal fato diante de algumas das catástrofes ocorridas ao redor do globo: o tsunami na Indonésia, o terremoto no Haiti e, na corrente semana, o terremoto seguido pelo tsunami no Japão, que motivou a presente postagem.
O referido abalo sísmico foi o 7º pior da história e o pior já registrado na história do Japão. Teve seu epicentro no Oceano Pacífico a 130 km da península de Ojika, no Japão, a uma profundidade de 24 km. Atingiu magnitude 8,9 na escala Richter, e ocorreu às 14h46 do dia 11 (hora local, 2h46 de Brasília). Foi seguido por, no mínimo, outros 52 fortes tremores de magnitude superior a 5. Milhares de vidas foram ceifadas.
Diante de tais fatos, muitos se apressam em atribuir o ocorrido à idolatria dos países assolados pelas tragédias naturais, apontando que seguem o deus "a", "b" ou "c", que suas práticas religiosas são contrárias à Palavra, que isso acontece porque não adoram ao Deus verdadeiro,  porque estão sob maldição, etc, etc e etc. Nos impingem aquele lamentável blá-blá-blá religioso e farisaico, sem um mínimo vestígio da essência dos ensinos de Jesus.
Certa ocasião, alguns judeus questionaram o Mestre acerca dos galileus cujo sangue foi misturado por Pilatos aos seus sacrifícios. Jesus lhes respondeu: "Vocês pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros, por terem sofrido dessa maneira? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão. Ou vocês pensam que aqueles dezoito que morreram, quando caiu sobre eles a torre de Siloé, eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão" (Lucas 13.2-5).
Longe de nós imaginarmos que, pelo fato de que estamos trilhando o Caminho, estamos livres de contingências. No mundo tereis aflições. Em todos os âmbitos da vida.
Se de fato a idolatria fosse causa de tragédias naturais, o território brasileiro há muito já teria sido subvertido, haja vista as práticas espúrias do pseudoevangelho aqui reinante (Sim, há  exceções. Não estou generalizando).
Deus nos livre de pensarmos que somos melhores que os indonésios, os haitianos, os japoneses, ou quaisquer outros povos. Deus nos livre do ufanismo religioso e da religiosidade vã. Deus nos livre de acreditarmos que já somos santos e ortodoxos o suficiente. Deus nos livre de impor a Ele a obrigação de nos colocar em uma bolha de plástico intransponível. A Bíblia nos assevera que "Todos partilham um destino comum: o justo e o ímpio, o bom e o mau, o puro e o impuro, o que oferece sacrifícios e o que não oferece. O que acontece com o homem bom, acontece com o pecador; o que acontece com quem faz juramentos, acontece com quem teme fazê-los" (Eclesiastes 9.2).
Prezados, num momento como esse, de angústia, tristeza, pranto, luto, não se deve perder tempo com conjecturas e teologia de quinta categoria. Se deve apenas consolar os que ficaram, e orar para que Deus os conforte, os fortaleça e os ajude a lidar com a dor da perda. Então, oremos.

Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian

quinta-feira, 3 de março de 2011

De um lado esse carnaval, de outro a fome total...

Tudo o que o povo precisa é de pão e circo. Há alguns séculos, no início da Era Cristã, essa era a política adotada pelo Império Romano. Sabemos que Roma chegou a dominar o mundo em determinado momento da história da humanidade. Tornou-se a maior potência política e econômica. Mas a expansão urbana tornou-se também um sério problema social para Roma. Cada nação subjugada significava mais escravos a serviço do Império. Essa escravidão veio a ser o estopim para o desemprego dos camponeses, que perderam seu espaço e migraram para as cidades em busca de emprego e melhores condições de vida.
Esse êxodo veio a deixar o Império temeroso de que aquela massa de desempregados viesse a se revoltar. Como saída, foi criada a política do Pão e Circo , que consistia em oferecer à massa ignara comida e diversão. Diariamente ocorriam batalhas de gladiadores no Coliseu e em outros estádios, onde era fornecido alimento ao público. Com o “pão” e o “circo”, o povo acabava por se esquecer das dificuldades da vida e, por conseguinte, menores eram as chances de haver rebelião.
Séculos se passaram, e a política do panis et circensis continua atualíssima no mundo como um todo e, especialmente em terra brasilis.
É fato que, em se tratando de panis, por vezes há escassez. Mas em matéria de circensis é o que há nesse país.
Dentre os “circos” de nossos dias, citemos o Carnaval. Anualmente, em fevereiro ou março, observamos que o povo se esquece da precariedade do sistema de saúde do Brasil, da violência urbana, do trânsito caótico das grandes cidades, da miséria e da corrupção reinantes em nosso país. E cai na ilusória “folia”. Mergulha de cabeça no circo.
A diferença básica é que, enquanto na Roma antiga eram fornecidos o pão e o circo, no Brasil só vemos o circo. Por vezes falta o pão.
Passada a “folia”, na quarta-feira de cinzas tudo volta ao normal. E, mesmo sem pão, já começam os planos para o próximo carnaval. É lamentável.
Caro amigo, oriente suas ações por essas palavras, não só durante o carnaval, mas durante toda a sua vida:
“... não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. (Tiago 4.4)
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. (I João 2.15-17)
“Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis”. (Gálatas 5.16,17)
Deus abençoe sua vida.
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian