O título do blog tem amplo significado. Tanto o autor como o presente espaço estão em constante construção.
(Afinal, somos seres inconclusos...). O blog vem sendo construído periodicamente - como todo blog - através da postagem de textos, comentários e divagações diversas (com seu perdão pela aliteração).

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O cristão e a sexta-feira 13 (ou "O cristão e a superstição")

É fato que, de um modo geral, o ser humano é um tanto quanto supersticioso. Segundo uma das definições dadas pelo Dicionário Aurélio, superstição é “sentimento religioso baseado no temor e na ignorância, e que induz a admitir falsos deveres, recear coisas fantásticas, etc.”. Já “superstição religiosa”, segundo Soares (2006, p. 337) é “um conjunto de crendices sem bases factuais, apoiado na ignorância, no desconhecido e no medo, presente em todas as religiões novas e velhas. São crendices nocivas à fé cristã, pois levam a pessoa a temer coisas inócuas e depositar sua fé em absurdos”.

Nos meses de fevereiro e março do corrente ano teremos sextas-feiras 13, o que leva muitos a se encherem de temor e receio ante a simples menção da referida data. Mas de onde vem essa crença de que a sexta-feira 13 traz mau agouro? Conforme disserta Soares (p. 342):

“O número 13 é tido, por alguns, como bom agouro, e para outros, como infortúnio... Uns atribuem a origem da superstição do 13 azarado aos vikings ou outros normandos; outros ao cristianismo. Sexta-feira foi o dia em que Jesus morreu e 13 é referência a Judas Iscariotes, que, segundo os supersticiosos, era o décimo terceiro homem da reunião da Última Ceia”.

O autor finaliza com a afirmação de que “não há, portanto, indício algum para confirmar essa versão” 

Diante disso, faz-se o seguinte questionamento: deve o cristão temer a sexta-feira 13 e as tolas crendices que a acompanham? Resposta: de maneira nenhuma, pois “Deus não nos deu o espírito de temor” (II Timóteo 1.7); e “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Romanos 8.15).

Conforme nos assegura a Palavra de Deus no Salmo 91 (que por vezes é erroneamente utilizado como mero amuleto), enquanto estivermos habitando no esconderijo do Altíssimo, isto é, enquanto estivermos depositando nossa confiança em Deus e recebendo sua proteção, “nenhum mal nos sucederá, nem praga alguma chegará à nossa tenda”. E “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos” (Salmo 91.11). Ele é nosso refúgio e fortaleza.

Posso finalizar com as palavras do Apóstolo Paulo, inspiradas pelo Espírito Santo de Deus e registradas em sua carta destinada inicialmente à igreja de Cristo em Roma: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8.31).

Que o SENHOR continue nos abençoando e nos livrando de todo o mal a cada dia.

Soli Deo Gloria”

Alessandro Cristian

Referências bibliográficas: 

Bíblia de Estudo Pentecostal, versão Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

SOARES, Esequias. Heresias e Modismos. 1ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (Autor). Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião...
Que Deus muito o abençoe.